Os movimentos não somente relaxam os músculos, mas também acalmam os nervos. Todos os movimentos se realizam lenta e suavemente. A interação entre quietude e movimento é fundamental no Tai Chi, como na própria vida.
A expressão Tai Chi Chuan só foi registrada por escrito no fim do Séc. XIX, numa obra literária datada de 1919 escrita por Chen Pinsan, onde ele registra que o Tai Chi Chuan foi criado por um antepassado de sua família: Chen Wangting, um general do exército chines em 1618, que já idoso, recolheu-se junto com seus conhecimentos marciais e criou a arte do Tai Chi. Este seria o início da escola mais antiga do Tai Chi Chuan que se tem notícias: Escola CHEN.
Existe uma lenda chinesa, envolvendo a figura de um sábio eremita que ao observar o confronto entre uma garça e uma serpente, compreendeu a supremacia da agilidade sobre a rigidez. Segundo relatos, este personagem teria vivido mais de 200 anos e é considerado pela tradição um santo taoísta, um iluminado que, após estudar exaustivamente os princípios do Tai Chi, passou a aplicá-los utilizando a unidade corpo-mente criando assim o Tai Chi Chuan. Essa lenda remonta aos anos de 1127 a 1279, e trata-se do eremita Zhang Sanfeng.
Com efeito, foi só entre o fim do Séc. XIX, e o princípio do XX que certos lutadores passaram a anotar o que sabiam ou transcrever as palavras do mestre. Na maior parte das vezes, porém, a arte se transmitia de pai para filho, no seio da mesma família. Constituiu exceção a essa regra Yang Luchan (criador da escola Yang), acolhido pela família Chen, onde recebeu o ensino do Tai Chi Chuan, tendo em seguida difundido em Pequim. No Brasil existem diversos representantes do estilo.