A Netflix veio com uma proposta de fazer uma série onde envolve misticismo, artes marciais e máfia chinesa. E realmente cumpriram com a proposta!
Diferente de todos os gêneros da plataforma, “Wu Assassins” trouxe uma história que se passa em Chinatown de São Francisco. Um chef de cozinha, Kai Jin, interpretado por Iko Uwais (Star Wars – O Despertar da Força), foi escolhido para ser um Wu Assassin, ou um assassino de Wu. Diz a historia que cinco pessoas foram corrompidas pelos poderes elementais de Wu Xing, que são representados pelo fogo, água, terra, madeira e metal. Eles lutaram contra a China deixando milhares de mortos. Até que 1000 monges se sacrificaram para dar o poder para um escolhido para conseguir detê-los. Esse poder foi colocado em uma peça chamada fragmento dos monges.
Assim começa a história, uma busca para destruir os portadores do Wu Xing, e paralelamente a isso, Kai conta com um grupo de amigos que de alguma forma estão envolvidos com a Máfia Chinesa chamada de Tríade, liderada pelo Uncle Six, interpretado por Byron Mann.
Contando a história dessa maneira, parece tudo muito confuso, e é sim muito confuso! Falando da história, é tudo muito “raso”. As coisas acontecem de repente, como a mentora Ying Ying, interpretada pela Celia Au, vir do nada e falar que o Kai é o escolhido, sem contar que ela não me convenceu pela sua interpretação. Talvez ela queria passar uma imagem de durona, autoritária, para dar aquela idéia que ele tem que cumprir essa missão, mas não me convenceu.
A maneira como foi mostrada sobre a origem do Wu Assassins e sobre os Wu Xings foi bem raso. Isso tudo poderia ser contado de outra forma, e a mentora, para mim, não foi relevante. Tanto que chegou em um ponto da série que saber sobre a existência dos Wu Xings não me incomodava, até aparecer a mentora, essa parte achei desnecessário na trama. Muitos elementos da história apareciam e iam embora sem muita explicação.
Em um certo ponto da história, o misticismo e a máfia acabam se juntando e há grandes reviravoltas na trama, isso fez com que eu continuasse a ver a série
Falando sobre luta, o filme não deixa a desejar! O primeiro episódio já começa com um “tapa na cara” de muita ação, com cenas de luta muito bem coreografadas. O ator que interpreta o Kai luta muito bem e sua agilidade impressiona. No lado feminino, contamos com a Ju Ju Chan que não deixa a desejar, ela dá um show em habilidade e agilidade. Na série, o termo “homem não luta com mulher”, não existe. Teve muita luta, sim, de homens contra mulheres, e não deixaram a desejar, foi de igual pra igual.
No geral, a Netflix entrega o proposto, como eu falei no começo um filme de artes marciais com misticismo e máfia chinesa. O mais legal do filme é o elenco principal em sua maioria ser de origem asiática em solo americano. Tem uma parte que fala muito do estereótipo, como por exemplo, chineses só comerem comidas chinesas, e também fala do reconhecimento de outros povos como americanos. E claro, não podemos deixar de falar que a série conta com a participação de Mark Dacascos, um ator e artista marcial, que ficou muito conhecido pelos seus filme de ação na década de 90.
O final da série dá a entender que pode ter uma possível segunda temporada, mas se não for renovada pela Netflix, a história teve seu desfecho. Se tiver a segunda espero que melhorem no quesito roteiro.
Pra quem gosta de muita ação, Wu Assassins entrega o prometido, e não fica um capítulo sem lutas. No geral, é uma série divertida, mas não espere muito dela. Para quem interessar, a primeira temporada está disponível na Netflix.
Trailer: